"Aqui nesta ilha há tanto mar O mar e mais o mar Ele transborda de tempo em tempo Diz que sim Depois diz que não, Diz que sim e de novo não No azul, na espuma, em galope Ele diz não e novamente não Não fica tranquilo, não consegue parar Meu nome é mar - ele repete Batendo numa pedra, mas sem convencê-la (...)"
e na tentativa de viver a prática da teoria me pego enroscada no próprio laço que desfiz como pode haver esse medo do incerto se já não existem mais certezas? e na esperança de que esteja tudo livre me vejo lutando contra um ser enciumado que habita o peito e se esconde para não ser descoberto. esse mesmo homenzinho que chacoalha a cabeça faz palpitar o coração e gelar a barriga. e na briga constante para não me deixar levar acabo soltando-me na correnteza e tento respirar pela superfície. e nas contradições do que digo e do que sou procuro me manter racional, ainda que sobre coração. T.O.