domingo, 23 de novembro de 2014


Eram trinta pessoas na fila, trinta e uma contando eu. Vinte e quatro (eu contei!) olhando para baixo e movendo os dedos rapidamente. Fico pensando se as poucas que olhavam normalmente para outros cantos, estavam, assim como eu, sem bateria no celular. Talvez essas pessoas estivessem, assim como eu, procurando a primeira tomada para poder ressuscitar por um minuto o aparelho. Vai saber. "Depois você reclama que não tem tempo pra fazer tuas coisas", pensei. Tirei um bloquinho da bolsa, pedi uma caneta emprestada e comecei a escrever - assim, à mão mesmo - como costumo fazer sempre que há um tempinho, ou melhor, sempre que o tempinho não é consumido por esse cara chato e grudento, que atualmente tem sido um companheiro presente e fiel. E que tem ciúmes daquilo que às vezes costumamos chamar de liberdade